A análise de associação pretende verificar relações entre variáveis na amostra.
Pretende-se analisar a relação do género com a variável percepção da qualidade de vida. Sabemos que o género é uma variável nominal com duas categorias de resposta: masculino; feminino. Quanto à qualidade de vida, trata-se duma variável ordinal que compreende três categorias de resposta: alta, média, baixa.
Pretendemos verificar se a percepção da qualidade de vida está relacionada com o género. Neste caso, utilizamos o teste do Qui-quadrado, realizando um cruzamento entre as variáveis, como indicado na imagem abaixo..
É aberta uma janela onde se escolhem as variáveis género e percepção da qualidade de vida e, carregando em Statistics, escolhe-se Chi Square e carrega-se em Continue.
Carregando no botão Cells, em Counts escolhe-se Observed e Expected , para sabermos mais sobre os dados.
Obtém-se o output do SPSS (imagem abaixo). O primeiro quadro mostra o número de inquéritos utilizados na análise. Neste caso apenas um caso foi considerado missing. O segundo quadro apresenta os valores observados e esperados em cada um dos géneros e em cada uma das categorias de resposta da variável percepção da qualidade de vida. O último quadro apresenta os valores de vários testes e a significância associada a cada um.
A significância associada ao teste do Qui-quadrado não foi menor que 0,05. Como tal, consideramos que a associação entre as variáveis não é estatisticamente significativa. No segundo quadro podemos constatar que as diferenças entre os valores esperados e os observados residem principalmente na percepção “boa” e “média”. Houve mais homens do que o esperado que consideram ter uma qualidade de vida média e menos homens do que o esperado que consideram ter uma qualidade de vida boa. No caso das mulheres, houve mais casos do que o esperado que consideram ter uma qualidade de vida boa e houve menos casos que consideram ter uma qualidade de vida média. Na qualidade de vida má as diferenças são bastante ténues. Neste caso podemos concluir que as mulheres têm uma melhor percepção da sua qualidade de vida. No entanto, esta conclusão é feita apenas a “olho nu” e carece de significância estatística, como anteriormente referido.